A importância dos
                           sons na vida do bebê 
                       Todos os pais desejam proporcionar experiências
                       ao seu bebê, ansiando por facilitar-lhe um bom desenvolvimento
                       global e, consequentemente, uma vida saudável e
                       feliz. 
                       Hoje, a fonoaudiologia traz como contribuição
                       para um bom desenvolvimento das crianças os valiosas
                       sons presentes no dia-dia dos bebês. 
                       Os sons são tão familiares para os bebês,
                       desde o útero, onde convivem com sons variados
                       do organismo de sua mãe.
                       Através do meio líquido, onde passam na
                       gestação, os sons estimulam o bebê e
                       iniciam seu contato com o mundo externo. 
                       Durante todo seu desenvolvimento, os sons terão
                       grande influência na sua relação com
                       o mundo: a voz dos familiares, músicas que a mãe
                       ouvia na gravidez ou que cantava para o bebê, os
                       batimentos cardíacos da mãe durante a amamentação,
                       etc. 
                       As experiências sonoras são tão importantes
                       quanto os estímulos visuais. 
                       Estímulos auditivos podem favorecer a atenção
                       auditiva, memória, sequência, identificação,
                       localização e feed back dos próprios
                       sons que começa a emitir. 
                       Brinquedos sonoros devem ser avaliados, e, se muito ruidosos,
                       devem ser evitados. 
                       Nas atividades diárias, os sons ambientais podem
                       ser usados como estimuladores, como os sons da água
                       durante o banho, a voz da mãe durante a troca de
                       fraldas, o cão que late, a campainha que toca... 
                       Outra forma, que é especialmente importante para
                       estimular o processamento auditivo, é oferecer
                       diferentes sons, em cada ouvido, separadamente. Esta estimulação
                       chama-se monaural. 
                       Materiais, brinquedos, jogos, livros, passeios, filmes,
                       músicas são valiosos instrumentos de estimulação
                       para os bebês, favorecem o desenvolvimento do vocabulário,
                       construção de frases, interpretação
                       e construção de histórias, crítica
                       e criatividade.
                       É preciso estar atentos à espontaneidade
                       para com as crianças, à liberdade... 
                       As brincadeiras que se desenvolvem naturalmente, o espaço
                       e disponibilidade oferecido pelos pais geram segurança
                       e alegria.
                       
                       
                     
                     
                     Acompanhamento de bebês de risco 
                     O que é follow up? 
  É o seguimento do recém-nascido de risco, como especialidade
  estabelecida na maioria dos países desenvolvidos. 
                     Atualmente, os neonatologistas veem a necessidade de acompanhar
                     a qualidade de vida dos bebês que tiveram intercorrências
                     neonatais, prematuridade, mal formações e
                     ou síndromes, e que necessitaram de internação
                     prolongada em UTI de risco. 
                     Além da preocupação com a sobrevida
                     desses bebês, como era anteriormente, vem a preocupação
                     com o bom desenvolvimento.
                     Quais são os objetivos do follow up? 
  • Realizar suporte à família por um grupo especializado
  nesse tipo de atendimento. 
  • A detecção e intervenção precoce das alterações
  do desenvolvimento global da criança. 
  • A realização de pesquisas com grupos específicos
  de recém-nascidos. 
                     Que especialidades participam do follow up?
                     Neonatologistas, neurologistas, oftalmologistas, pediatras,
                     fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas,
                     terapêutas ocupacionais e especialistas em aleitamento
                     materno. 
  É importante a integração desta equipe no follow up, onde
  cada especialidade complementa a atuação das outras, em busca
  do desenvolvimento integral do bebê.
                     Como é o acompanhamento fonoaudiológico no
                     follow up?
  • Deve ser realizado de preferência a cada dois meses, quando o
  fonoaudiólogo avalia a maturação sensoriomotororal, acompanhando
  a evolução, forma e qualidade da alimentação. 
  • Neste acompanhamento, os pais são orientados sobre a estimulação
  global do bebê, intervindo quando necessário. 
  • A triagem auditiva universal deve ser realizada após o nascimento,
  e acompanhada pela despistagem auditiva aos seis, doze e dezoito meses. 
  • Caso algum teste demonstre alteração, novos testes audiológicos
  complementares devem ser realizados e a despistagem auditiva pode ocorrer com
  maior periodicidade. 
                     Quais os cuidados que devem ser tomados com relação
                     ao bebê de risco e sua família? 
                     Encaminhamento e orientação para o follow
                     up, composto por profissionais especializados, na alta hospitalar. 
                     Ressaltar a importância deste programa no desenvolvimento
                     global do bebê e como o mesmo é realizado. 
                     
                     
 
                     
                     
                     
                     
                     Cães e gatos podem trazer problemas para
                     as crianças 
                     Indiscutivelmente, animais e seres humanos interagem de
                     forma harmônica, desde a tenra infância, e representam
                     uma fonte de afeto e diversão para a criançada
                     em geral, ajudam as crianças a se socializar e melhor
                     interagir com o mundo.
                     Não obstante, devemos alertar os pais para os perigos
                     deste contato, dando-lhes uma visão geral das 2 patologias
                     provenientes deste contato mais presentes em nosso meio:
                     toxocaríase e toxoplasmose.
                     A toxocaríase, proveniente do verme nematóide
                     canino, Toxocara canis, está presente em aproximadamente
                     80% dos filhotes de cães entre 2 e 6 meses; e pode
                     assumir 2 formas de acometimento nas crianças:
                     Larva migrans visceral: Infecção sistêmica
                     severa, que pode acometer pulmões, fígado
                     e cérebro. Podem ocasionar convulsões, icterícia
                     e até, ocasionalmente, a morte. Normalmente, a forma
                     visceral acomete crianças de até 2 anos de
                     idade.
                     Toxocaríase ocular: Difere da forma visceral pelo
                     fato do bom estado geral do paciente, sendo a repercussão
                     somente ocular, e também pelo fato da idade de ocorrência
                     da doença ser mais tardia [em média aos 7,5
                     anos]. Normalmente a doença acomete somente um olho,
                     e pode levar ao descolamento de retina, hipotonia ocular
                     [baixa pressão], edema macular e catarata, e, em
                     boa parte dos casos pode culminar em atrofia ocular. 
                     Os métodos diagnósticos da toxocaríase
                     compreendem o exame de fundo de olho [mapeamento de retina],
                     ultrassonografia ocular e testes sorológicos.
                     A forma de contágio se dá através da
                     ingestão acidental de ovos do parasita contidos no
                     solo ou comida contaminada. Crianças que têm
                     por hábito comer terra são mais propensas à 
                     infecção. O tratamento é limitado a
                     medicamentos anti-inflamatórios esteróides
                     e cirurgias reparadoras.
                     A toxoplasmose proveniente do protozoário Toxoplasma
                     gondii pode ter 2 formas de apresentação [sistêmica
                     e ocular], e duas formas de contágio [congênita
                     e adquirida]. O gato é seu hospedeiro definitivo,
                     e o ser humano e outros animais são seus hospedeiros
                     intermediários.
                     Ciclo de vida do Toxoplasma gondii 
                     O homem é infectado de três formas:
                     Ingestão de carne mal passada [boi, porco, carneiro...]; 
                     Ingestão acidental de ovos [provenientes de fezes
                     de gatos contidas no solo] mãos mal lavadas, crianças
                     que comem terra, verduras mal lavadas...] 
                     Via transplacentária: Durante a gestação.
                     O diagnóstico é dado principalmente pelo exame
                     de fundo de olho, por exames de sangue, ultra-sonografia
                     ocular...O tratamento é feito com antibioticoterapia
                     específica com duração mínima
                     de 40 dias, cirurgias. Na forma ocular a cura do processo
                     e o grau de lesão ocular são dependentes da
                     virulência do toxoplasma, da competência imunológica
                     do hospedeiro e do uso do antibiótico apropriado.
                     A visão pode ser prejudicada por formação
                     de catarata, descolamento de retina, atrofia da coriorretina...
                     A forma sistêmica costuma ser benigna e assintomática
                     em 80 a 90% dos casos. Quando acomete adultos e o quadro
                     de 
                     ínguas [linfoadenopatia] e febre é comum,
                     porém em crianças de tenra idade e imunodeficientes
                     o quadro pode ser bastante grave.
                     Longe deste artigo afastar as crianças do contato
                     com seus amados animais de estimação, porém
                     devemos saber de todos os riscos inerentes a este contato.
                     
                     
 
                     
                     
                     
                     
                     Como descobrir problemas auditivos nos bebês? 
                     Triagem auditiva neonatal universal (TANU) 
                     Através da recomendação 01/99, do comitê 
                     brasileiro sobre perdas auditivas na infância, todas
                     as crianças devem ser testadas ao nascimento ou no
                     máximo três meses de idade e, em caso de deficiência
                     auditiva confirmada, receber intervenção educacional
                     até 6 (seis) meses.
                     Detecção precoce como justificativa
                     A incidência de perda auditiva bilateral significante
                     em neonatos saudáveis é estimada entre 1 a
                     3 neonatos em cada 1000 nascimentos e em cerca de 2 a 4%
                     nos provenientes de Unidades de terapia Intensiva.
                     Dentre as doenças passíveis de triagem ao
                     nascimento, a deficiência auditiva apresenta alta
                     prevalência (fenilcetonúria 1:10.000, hipotireoidismo
                     2,5:10.000, anemia falciforme 2:10.000 e surdez 30:10.000). 
                     O fracasso em indentificar as crianças com perda
                     auditiva resulta em diagnóstico e intervenção
                     em idades muito tardias. 
                     No brasil, a idade média de diagnóstico varia
                     em torno de 3 a 4 anos de idade (ines 1990), podendo levar
                     até dois anos para ser concluído (nóbrega,
                     1994). 
                     Tendo em vista que a audição normal é 
                     essencial para o desenvolvimento da fala e da linguagem
                     oral, nos primeiros seis meses de vida, é necessário
                     identificar as crianças com perda auditiva antes
                     dos três meses de idade e iniciar a intervenção
                     até os seis meses (national institutes of health,
                     1993, joint committee on infant hearing, 1994 e american
                     academy of pediatrics - aap.1999). 
                     Portanto, para garantir o acesso da maioria das crianças 
                     à intervenção precoce, o comitê 
                     recomenda a opção de avaliá-las antes
                     da alta da maternidade e para os nascidos fora do hospital
                     a avaliação deverá ser feita até 
                     três meses de idade.
                     Que crianças devem ser detectadas?
                     O programa tanu tem como objetivo avaliar todos os recém-nascidos
                     (rn). A metodologia deve detectar todas as crianças
                     com perda auditiva igual ou maior a 35 db no melhor ouvido.
                     A aap recomenda a utilização de métodos
                     elétrofisiológicos em ambas as orelhas e considera
                     um programa efetivo quando são avaliados no mínimo
                     95% do total de nascimentos.
                     Que métodos podem ser utilizados? 
                     Na atualidade dois métodos eletrofisiológicos
                     demonstram boa sensibilidade para atingir este objetivo:
                     o potencial auditivo de tronco encefálico-paete e
                     as emissões otoacústicas evocadas-eoae.
                     Cada um destes testes possuem vantagens e desvantagens,
                     entretanto superam a triagem auditiva comportamental na
                     detecção de perdas leves ou unilaterais. Mediante
                     a impossibilidade da utilização dos métodos
                     eletrofisiológicos citados, é possível
                     a aplicação do protocolo dos indicadores de
                     risco associado à observação do comportamento
                     auditivo e pesquisa do reflexo cócleo-palpebral,
                     ressalvadas as devidas limitações desse procedimento
                     (perdas leves ou unilaterais). 
                     A preocupação com a audição
                     não deve cessar com o nascimento. Qualquer criança
                     pode desenvolver uma perda auditiva progressiva ou ser de
                     risco para alteração do processamento auditivo
                     central. 
                     Crianças que apresentarem qualquer um dos indicadores
                     de risco para surdez devem receber monitoramento para pesquisas
                     de perdas progressivas através de programas de acompanhamento
                     audiológico (asha,1989).
                     
                     
 
                     
                     
                     
                     
                     Cuide bem da sua voz 
                     A voz é a forma mais importante que possuímos
                     para nos comunicar.
  É através dela que expressamos de forma mais simples o que pensamos
  e o que sentimos. 
                     Ela é produzida na laringe, mais precisamente nas
                     pregas vocais, popularmente chamadas de cordas vocais.
                     As pregas vocais são pregas de mucosa com musculatura.
                     Estão dentro da laringe dispostas horizontalmente.
                     Ao inspirarmos, as pregas vocais se afastam para que o ar
                     possa chegar até os pulmões. Para falarmos,
                     elas se aproximam, e o ar ao sair dos pulmões, passa
                     pela laringe, produzindo vibrações sonoras
                     que serão articuladas na cavidade da boca, formando
                     os diferentes sons que chamamos de fonemas, e que darão
                     origem à fala.
                     Desequilíbrios ocorridos nesse mecanismo poderão
                     provocar alterações na voz. Por isso a necessidade
                     de se procurar especialistas como fonoaudiólogos
                     e otorrinolaringologistas. 
                     Os sintomas mais comuns de desequilíbrios são:
                     rouquidão, cansaço vocal, esforço para
                     falar, dificuldades em manter a voz, variações
                     no som, falta de volume e de projeção, perda
                     de eficiência vocal, pouca resistência, pigarros,
                     dor ou ardência na garganta e até dificuldade
                     para engolir.
                     Alguns comentários muito comuns: 
  " - Minha voz está fraca, não consigo mais gritar com os
   alunos, melhora no fim de semana e vai piorando na quarta-feira. "
  " - Sinto muito cansaço para falar, o som vai desaparecendo. "
  " - Quando começo a falar, vem um pigarro, uma tosse, me irrita. "
  " - Sou roca desde criança, meu pai também. 
                     "
  " - Tenho sentido dores no pescoço e no peito quando falo muito,
   principalmente agora que aumentei minha carga horária. "
                     Hábitos que podem influenciar na qualidade da voz:
                     Fumo:
                     Altamente nociva, a fumaça quente agride todo o sistema
                     respiratório e principalmente as pregas vocais, podendo
                     causar irritação, pigarro, inchaço,
                     tosse, aumento de secreção e infecções.
                     Como defesa, o organismo produz uma quantidade de muco maior,
                     que fica depositado na laringe, pois os cílios que
                     deslocam esse muco ficam parados pelas toxinas, causando
                     pigarro. O fumo é uma das maiores causas de câncer
                     na laringe e nos pulmões.
  Álcool: 
                     Causa irritação semelhante à produzida
                     pelo fumo. Está associado à redução
                     de defesas do organismo. Quando se toma uma ou duas doses,
                     pode-se provocar uma melhora na voz porque o indivíduo
                     se sente mais solto, devido ao efeito anestésico
                     na faringe, podendo ser cometido abusos vocais sem perceber.
                     Depois de passado o efeito, as consequências podem
                     ser ardor, queimação e voz fraca seguida de
                     rouquidão. A vodca, champanhe, vinho e uísque
                     são destilados, sendo, pois, piores para a saúde
                     vocal.
                     O Álcool, juntamente com o fumo, triplica o risco
                     de câncer:
                     Além dos efeitos nocivos, tais como alterações
                     cardiovasculares e neurológicas, o uso de drogas
                     afeta diretamente a laringe e a voz. 
                     A maconha pode provocar irritação da mucosa
                     e até lesão dos tecidos. 
                     A cocaína injetável provoca hipotonia muscular,
                     fadiga vocal e dificuldade de se manter comunicação
                     adequada.
                     Outros fatores que podem influenciar na qualidade vocal.
                     Alergias : 
                     Pessoas alérgicas tem maior possibilidade de desenvolver
                     problemas relacionados à voz. 
                     Por quê?
                     Em crise alérgica, a mucosa respiratória fica
                     inchada (edemaciada), o que altera a vibração
                     livre das pregas vocais, além de produzir catarro,
                     que muitas vezes provoca tosse ou pigarro, o que irrita
                     a laringe pelo atrito entre as pregas vocais. 
                     O que pode ser feito?
                     Deve-se fazer o tratamento adequado para se evitar as crises
                     e os fatores desencadeantes, que podem ser cheiros fortes
                     e até alguns tipos de alimentos. Quem trabalha com
                     a voz como os cantores, atores, telefonista, etc , devem
                     procurar manter as crises sob controle e respeitar seus
                     limites quando sentirem que estão abusando da voz.
                     Mudanças de temperatura: 
                     As mudanças bruscas de temperatura favorecem inflamações
                     e infecções respiratórias que impedem
                     a livre função vocal. Principalmente o frio
                     e a umidade. 
                     Exemplos: Tomar banho quente e entrar no quarto com o ar
                     condicionado gelado. Beber ou comer algo gelado após
                     ter falado ou cantado muito. Em casos como este, pode ocorrer
                     um choque térmico, pela rápida contração
                     muscular, e até um possível resfriado. 
                     O que pode ser feito?
                     Beber bastante água na temperatura ambiente para
                     hidratar a mucosa se a exposição for inevitável.
                     Principalmente procurar evitar situações que
                     agridam as pregas vocais.
                     Competição Sonora: 
                     A conversa em locais muito barulhentos como festas, competições
                     esportivas e boates ocasionam um esforço excessivo
                     da voz, para se fazer ouvido.
                     O que pode acontecer?
                     A exposição prolongada, nessas circunstâncias,
                     causa danos e até lesões nas pregas vocais.
                     Os primeiros sintomas são ardência na garganta
                     e uma leve rouquidão. 
                     Alimentação: 
                     Alguns tipos de alimento podem auxiliar enquanto que outros
                     podem prejudicar a qualidade vocal. Alimentos pesados e
                     condimentados atrapalham o processo digestivo e dificultam
                     o movimento respiratório do músculo diafragma,
                     que fica abaixo do estômago.
                     Alimentos leves, verduras e frutas, se bem mastigadas, trabalham
                     os músculos da mandíbula, melhorando até 
                     a dicção.
                     Chocolates, leite e derivados (aumentam a produção
                     de muco), bebidas gasosas(flatulências) e pastilhas
                     (anestesiam a mucosa) devem ser evitados antes do uso intensivo
                     da voz. Maçã e sucos cítricos (laranja
                     e limão) auxiliam na absorção do excesso
                     de secreção.
                     Vestuário
                     As roupas ou adereços apertados no pescoço
                     e na cintura devem ser evitados , pois podem causar danos
                     para a voz.
                     Por quê?
                     Colares, lenços e colarinhos apertados no pescoço
                     pressionam a laringe e as cordas vocais. Os cintos e calças
                     apertados dificultam a movimentação do músculo
                     diafragma, importante para a respiração. Sapatos
                     altos alteram a postura, aumentando a tensão e enrijecendo
                     o corpo, afetando a voz, muitas vezes. 
                     Alterações Hormonais
                     O período menstrual, a gestação e o
                     uso de pílulas anticoncepcionais podem alterar a
                     qualidade vocal. Rouquidão ou fadiga vocal podem
                     ser alguns sintomas. 
                     Por quê?
                     Devido ao inchaço das pregas vocais provocado pelas
                     alterações hormonais . Nos casos de menopausa,
                     as mulheres podem adquirir uma voz mais grave devido à 
                     diminuição dos hormônios femininos.
                     Já nos homens com idade avançada acontece
                     o contrário: a voz fica mais aguda . 
                     Para finalizar, qualquer alteração na voz,
                     por mais de quinze dias, deve ser avaliada por um fonoaudiólogo
                     ou um otorrinolaringologista. 
                     O diagnóstico e o tratamento precoce são importantes
                     para a saúde vocal
                     
                     
 
                     
                     
                     
                     
                     Dicas para manter uma boa audição
                     A audição é um canal sensorial de suma
                     importância para o nosso relacionamento com o mundo
                     ao redor. Muitas pessoas não dão o devido
                     valor. Para exemplificar, só uma perda leve já faz
                     com que muitos sons passem desapercebidos ou distorcidos
                     pela nossa percepção. 
                     Geralmente as pessoas só percebem que têm uma
                     perda auditiva quando esta está adiantada ou quando
                     ela vem associada a outros fatores, tais como: dores de
                     ouvido, zumbidos, tonteiras e diferenças grandes
                     na percepção do som de um ouvido para outro
                     (no uso do telefone). 
                     Uma pessoa com problemas auditivos perde uma quantidade
                     enorme de informações e, dependendo do grau
                     (leve, moderado, severa ou profunda), e de quando aconteceu
                     a perda (antes e durante a infância até a idade
                     adulta), podem ficar prejudicadas a voz, a fala, a linguagem
                     e até 
                     o comportamento e relacionamento com os outros. 
  É importante frisar que o termo surdo mudo é 
                     incorreto. Na verdade, a pessoa é surda desde o nascimento
                     e, por não ter sido estimulada de forma adequada,
                     não aprendeu a falar. 
                     Você sabia que muitas perdas auditivas podem ser evitadas? 
                     Alguns cuidados: 
  • Mulheres devem tomar vacina contra rubéola, pois se, durante
  a gravidez, contraírem a doença, o bebê corre grande risco
  de nascer surdo. 
  • Fazer pré-natal adequado, pedindo orientação ao
  médico quanto às drogas que podem lesar a audição
  do feto. 
  • Brinquedos muito barulhentos podem deixar a criança agitada
  e até causar perda auditiva se a exposição for constante.
  Walkman em intensidade alta e uso contínuo podem lesar permanentemente
  algumas células receptoras do som, ocasionando perdas. 
  • Exposição a ambientes muito ruidosos deve ser evitada
  e, sempre que possível, deve-se usar protetores auriculares. 
  • Objetos introduzidos no ouvido podem perfurar o tímpano e causar
  infecções auditivas. 
  • Uso de remédios ou de fórmulas caseiras dentro do ouvido
  sem indicação médica pode causar problemas auditivos. 
  • Fogos de artifício são uma grande causa de perdas auditivas
  e até de surdez. Evite soltá-los ou frequentar lugares que os
  tenham. Se for inevitável, proteja os ouvidos. 
                     Proteja sua audição; cuide de sua saúde!!!
  
  
 
  
  
  
  
  Do leite às papinhas 
                     Qual o melhor momento de se iniciar novos tipos de alimentação
                     com bebês? 
                     O ideal é que os bebês se utilizem exclusivamente
                     do leite materno através da amamentação
                     no seio, até os seis meses de idade, para a partir
                     daí, se iniciar novos tipos de estímulos orais. 
                     Por que seis meses de idade? 
                     Primeiramente, por não serem necessárias até 
                     esta idade outras formas de nutrição, salvo
                     exceções. 
                     No decorrer dos primeiros meses, o bebê vai desenvolvendo
                     sua sucção, e esta vai se tornando mais distinta,
                     com movimentos cada vez mais dissociados, e mais voluntária.
                     Alguns autores colocam que bebês diminuem o interesse
                     de sugar o seio ou mamadeira por volta de 5-6 meses, o que
                     coincide com maior desenvolvimento global e maior interesse
                     visual do mundo ao seu redor. 
                     Nesta fase, existe uma redução nos movimentos 
                     ântero-posteriores de língua durante a sucção,
                     o que prepara o bebê para o uso da colher. 
                     Aos seis meses, ocorrem movimentos verticais de mandíbula,
                     influindo neste processo. 
                     Como um estímulo oral inadequado pode interferir
                     no processo de alimentação?
                     A alimentação sólida deve ser introduzida
                     em momento apropriado, senão as etapas de desenvolvimento
                     serão alteradas, podendo levar à maior rejeição
                     da alimentação sólida ou qualquer variação
                     futura. 
                     Existe um período sensível, ideal para aplicação
                     de determinado estímulo, a partir do qual é 
                     mais difícil aprender este padrão de comportamento,
                     e isso deve ser observado em cada criança. 
                     Que tipo de estímulo poderia ser inadequado? 
  • bicos de mamadeiras com furos aumentados. 
  • posicionamento incorreto do bebê durante as mamadas. 
  • uso de colher antes dos quatro meses. 
  • uso de caneca antes dos quatro meses. 
  • ausência de estímulo de mastigação a partir
  dos sete meses. 
  • pouca variedade de texturas a partir de sete meses. 
                     Situações de alimentação muito
                     longas e desgastantes podem estar associadas a um estímulo
                     inadequado?
                     Sim, é preciso respeitar o desenvolvimento de cada
                     criança e, a partir deste, promover situações
                     de alimentação mais adequadas, sem antecipar
                     ou retardar determinadas experiências, o que também
                     poderia resultar num atraso de desenvolvimento das habilidades
                     orais. 
                     Como introduzir novas texturas 
                     Novas texturas devem ser introduzidas gradativamente. Texturas
                     misturadas na mesma colherada tendem a confundir. 
                     A textura, a temperatura, a acidez do alimento podem modificar
                     o tipo de movimento escolhido pela criança.
                     A maneira com que o alimento é apresentado e inserido
                     na boca da criança, a forma com que encontra-se posicionada
                     para alimentar-se, a iluminação e quantidade
                     de estímulos visuais e sonoros do ambiente e utensílios
                     utilizados afetam as respostas globais e orais da criança. 
                     O que é necessário observar em cada criança? 
  • Observar se a criança teve boa experiência com a sucção. 
  • A habilidade de sentar sem suporte é um fator que influi na
  deglutição de alimentação sólida, assim
  como o desenvolvimento global. 
  • Recusa da alimentação. 
  • Aparecimento ou aumento de tosse e engasgos na introdução
  de novos alimentos. 
                     Como atuar nestas situações ? 
  É necessária a realização de uma avaliação
  criteriosa, inclusive pelo fonoaudiólogo, que poderá participar
  de situações de alimentação para melhor orientação.
                     
                     
 
                     
                     
                     
                     
                     Os benefícios da fono para os bebês
                     de risco 
                     Atualmente, com o aumento da sobrevida de bebês de
                     risco, que necessitam de um período de hospitalização,
                     além da preocupação com a sobrevida
                     deles, surge a necessidade de maior enfoque quanto à qualidade
                     de vida e minimização dos riscos de sequelas,
                     favorecendo um bom desenvolvimento global.
                     A fonoaudiologia vem desenvolvendo, gradativa e qualitativamente,
                     há aproximadamente dez anos, intervenções
                     junto a esses bebês, promovendo os seguintes resultados
                     benéficos:
  • Adequação da musculatura oral;
  • Maior ganho de peso; 
  • Transição para dieta por via oral e amamentação
  mais rápida e fácil;
  • Associação da sucção e saciação; 
  • Alteração dos estados de alerta, favorecendo a prontidão
  para a mamada, estabelecendo ciclos de fome e sono; 
  • Melhor absorção gástrica; 
  • Maior oxigenação durante e após as mamadas;
  • Aceleração no processo de alta hospitalar, diminuindo
  a exposição a infeccões; 
  • Minimização dos riscos de sequelas; 
  • Facilitação do vínculo mãe-bebê;
                     O fonoaudiólogo pode e deve também atuar de
                     maneira mais global , como, por exemplo, promovendo entrevistas
                     com pais, formando grupos de pais de bebês de alto
                     risco, discutindo casos com a equipe, fazendo modificações
                     quanto ao ambiente para um melhor desenvolvimento auditivo,
                     visual e comportamental do bebê e utilizando posicionamentos
                     que possibilitem uma maior estabilidade global e movimentos
                     mais evoluidos para os bebês (Xavier,1998).
                     O inicio da estimulação da sucção,
                     geralmente iniciada pela sucção não
                     nutritiva, que é realizada com estímulo intra-oral
                     com dedo enluvado ou chupeta, durante as dietas por gavagem,
                     exige critérios como: quadro respiratório
                     estável e balanço calórico de 90 cal/kg/dia.
                     Estes critérios chegam a ter prioridade sobre o peso
                     do bebê e a idade gestacional.
                     Maior divulgação desta atuação
                     ainda se faz necessária a fim de incentivar um maior
                     número de profissionais especializados dentro do
                     quadro clínico dos hospitais. No momento, ainda são
                     poucos hospitais que já possuem o fonoaudiólogo
                     como membro da equipe médica e poucos são
                     os convênios que dão cobertura para esta intervenção
                     
                     
 
                     
                     
                     
                     
                     Qual a função do fonoaudiólogo
                     no hospital? 
                     A fonoaudiologia está presente em hospitais, atendendo
                     pacientes internados, auxiliando na sua recuperação,
                     acelerando o processo de alta e sua qualidade de vida.
                     De que forma acontece este trabalho?
                     O fonoaudiólogo oferece adaptações,
                     treinos e exercícios, que vão proporcionar
                     as funções de deglutição, fala,
                     sucção, bem como triagem auditiva, orientações
                     e encaminhamentos. Este trabalho favorece retirada de traqueostomia
                     e sonda enteral, ou gastrostomia, minimizando riscos de
                     broncoaspiração e pneumonia. 
                     Em que situações o fonoaudiólogo intervém?
                     Com pacientes que possuem sequelas de traumatismos, AVC
                     (derrame), crianças prematuras ou de risco, pacientes
                     com câncer de cabeça e pescoço, pré e
                     pós-cirúrgico, triagem auditiva neonatal. 
                     Quando solicitar um fonoaudiólogo?
                     Quem solicita o fonoaudiólogo é o médico
                     responsável pelo paciente. Em alguns hospitais dos
                     quais fonoaudiólogo faz parte do quadro clínico,
                     existe uma rotina de avaliação e conduta deste
                     profissional.
                     Quais são os benefícios deste trabalho?
                     Alta hospitalar mais rápida, transição
                     de dieta por via oral de forma mais segura, minimizando
                     riscos de broncoaspiração e pneumonia, favorecimento
                     de padrões de alimentação mais satisfatórios
                     e melhora da qualidade de vida. Também é importante
                     ressaltar a maior rotatividade de leitos, menor exposição
                     a infecções hospitalares. 
                     
                     
 
                     
                     
                     
                     
                     A perda da audição e o idoso, o que
                     fazer? 
                     Definição:
                     Presbiacusia é a perda da sensibilidade auditiva,
                     resultante das mudanças degenerativas e fisiológicas
                     do sistema auditivo, decorrente da idade avançada. 
                     Podem ocorrer as seguintes implicações: 
  • Redução na percepção da fala. 
  • Alterações psicológicas causadas pela dificuldade
  de se comunicar com os outros. 
  • Incapacidade auditiva nas igrejas, no teatro, cinema, rádio,
  sons ambientes e TV. 
  • Isolamento social (interação com família, amigos
  e comunidade). 
  • Problemas de alerta e defesa (incapacidade para ouvir chamados, telefones,
  alarmes, veículos se aproximando, campainhas e anúncios de emergência). 
                     As intervenções mais adequadas podem ser: 
  • Avaliação auditiva periódica. 
  • Seleção e adaptação de aparelho auditivo
  adequado. 
  • Orientações gerais quanto ao manuseio do aparelho auditivo. 
  • Participação de programas de reabilitação
  audiológica. 
  • Desenvolvimento de motivação para uso do aparelho auditivo. 
  É muito importante o apoio familiar, a paciência e a interação
  com o idoso.
                     O idoso precisa se sentir útil e participar das decisões
                     familiares.
                     Deve-se procurar falar mais alto e com contato visual de
                     forma clara e pausada. 
                     Evitar se irritar quando ele não entender ou pedir
                     para repetir. 
                     Todos temos muito a aprender com os idosos e não
                     devemos desperdiçar o diálogo. 
                     
                     
 
                     
                     
                     
                     
                     Respirar pela boca faz mal? 
                       A respiração bucal ocorre quando, na maioria
                       das vezes, existe um impedimento à respiração
                       nasal.
                       Geralmente, crianças com alergia respiratória,
                       obstruções mecânicas como: desvio de
                       septo, hipertrofia das adenóides e ou amígdalas,
                       problemas ortodônticos e presença de hábitos
                       parafuncionais, como sucção de polegar e/ou
                       chupeta por período prolongado, roedura de unhas,
                       mostram uma respiração predominantemente
                       bucal, durante o dia e a noite.
                       As consequências na respiração bucal
                       ...
                       Além de maior exposição às infecções,
                       o respirador bucal possui uma fisionomia de pessoa cansada,
                       formato do rosto longo, com olheiras, boca sempre aberta,
                       cansaço respiratório, mau hálito, "baba" 
                       noturna e roncos.
                       A postura de toda estrutura facial e corporal fica alterada.
                       O corpo reage com compensações para respirar
                       melhor, modificando sua postura.
                       A dificuldade para respirar pelo nariz pode atrapalhar
                       a qualidade do sono, e o nível de concentração
                       da criança durante o dia, podendo estar associado
                       a dificuldades escolares.
                       Alguns estudos referem menor oxigenação
                       cerebral, quando esta ocorre pela boca.
                       Consequências na alimentação
                       Frequentemente, o respirador bucal come rápido, mastiga
                       pouco, utiliza líquido para auxiliar na deglutição,
                       prefere alimentos moles, de fácil mastigação,
                       a língua projeta-se durante a deglutição
                       entre os dentes. Existe um cansaço para se alimentar
                       e muitas vezes a criança rejeita grande parte da
                       refeição.
                       Com tantas alterações na postura dos órgãos
                       fonoarticulatórios, em repouso e na alimentação, 
                       é comum a presença de distúrbios articulatórios
                       na fala.
                       Reações de irritabilidade, impaciência,
                       também são consideradas.
                       O que fazer?
                       Através de uma boa avaliação interdisciplinar,
                       a respiração pode ser corrigida por meio da
                       atuação médica e reabilitadora: otorrinolaringologista,
                       alergista, pediatra, cirurgião, pediatra, fonoaudiólogo,
                       fisioterapeuta, ortodontista e psicoterapeuta.
                       Resultados
                       Com certeza, o conforto respiratório melhora da musculatura,
                       postura, alimentação, funções
                       orais, aspecto estético vão proporcionar melhor
                       saúde e qualidade de vida.
                       Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, melhor
                       para a reabilitação, que estará atuando
                     durante o desenvolvimento global da criança.
                       