| Objetivo: Apresentar um caso de adenocarcinoma de apêndice, 
                uma lesão rara, compreendendo aproximadamente 0,4% de todas 
                as neoplasias gastrintestinais. Relato de caso: Paciente A.M.C, sexo masculino, 40 anos, 
                faioderma, radiologista, tabagista e etilista procurou atendimento 
                médico com história de dor abdominal tipo cólica 
                há dois meses de leve e posteriormente de grave intensidade 
                em FID. Ao exame o paciente apresentava abdome normotenso, doloroso 
                a palpação profunda difusamente e massa palpável 
                em FID de leucocitose (17.700) as custas de segmentados (72%) 
                e plaquetose (527.000) US mostrou massa volumosa heterogênea, 
                contendo áreas da liquefação em topografia 
                de ceco. TC de abdome que evidenciou presença de massa 
                volumosa sólida, heterogênea em FID. Submetido a 
                procedimento cirúrgico (laparotomia exploradora), evidenciou-se 
                tumoração extensa de cólon direito, aderido 
                a parede, invadindo retroperitônio. Optou-se por hemicolectomia 
                direita com anastomose término-lateral. No pós-operatório 
                o paciente teve boa evolução e recebeu alta no 8º 
                dia de pós-operatório. O laudo histopatológico 
                da peça cirúrgica foi de adenocarcinoma de apêndice 
                invasor na topografia de ceco com invasão total da parede 
                e extensão ao íleo distal sendo encaminhado para 
                tratamento oncológico complementar. Conclusão: Os tumores do apêndice são 
                pouco freqüentes e geralmente diagnosticados durante uma 
                apendicectomia ou autópsia. Pode ser um achado acidental 
                ou clinicamente apresentar-se como uma apendicite aguda ou massa 
                apendicular. O presente caso descrito representou um achado acidental 
                na laparotomia e o quadro clínico do paciente sugeria apendicite 
                aguda. As alterações observadas na cirurgia embasaram 
                a realização da hemicolectomia direita. Até 
                a presente data a paciente encontra-se em controle clínico 
                ambulatorial sem evidências de metástases. O prognóstico 
                de carcinoma do apêndice é difícil de ser 
                estabelecido com acurácia desde que pouco mais de duas 
                centenas de casos até o presente momento foram descritos 
                na literatura. Em seis pacientes submetidos a apendicectomia na 
                série de Anderson et al. (1976) a sobrevida em 5 anos foi 
                de 100%. Em revisão de 51 casos de adenocarcinoma de apêndice 
                do tipo colônico, estes autores notaram que de 26 pacientes 
                tratados com apendicectomia isolada, 12 (46%) estavam vivos 5 
                anos após a operação comparando a 15 (60%) 
                de 25 submetidos a hemicolectomia direita que parece ser nestes 
                casos a melhor conduta. |