
BIOMETRIA DO DIAFRAGMA: A CÚPULA DIREITA É MAIS ESPESSA QUE A ESQUERDA?
RUANO, R.M.; AMARAL, N.F.F.; MOTA, 
  F.L.; CARVALHO, E.A.; SILVA, D.B.
  Universidade de Alfenas – MG – Brasil (rafael_ruano@hotmail.com)
INTRODUÇÃO: 
  Nas bibliografias referentes à cirurgia do Trauma, surge sempre 
  uma questão, a cúpula diafragmática esquerda rompe com 
  maior freqüência porque é mais fina ou o fígado tem 
  efeito protetor sobre a cúpula diafragmática direita?
  OBJETIVOS: Visamos esclarecer através da biometria do 
  diafragma, se existe diferença entre a espessura da cúpula direita 
  e da cúpula esquerda.
  MATERIAIS E MÉTODOS: Foram utilizados 23 diafragmas, 
  selecionados aleatoriamente, independente de sexo, peso ou altura do cadáver. 
  Eles foram dissecados, retirando-se a pleura parietal e o peritônio parietal, 
  ambos permanecendo fixados no centro tendíneo, para que as medidas pudessem 
  ser feitas diretamente sobre a camada muscular. Para proporcionar a comparação 
  entre as cúpulas, o diafragma foi dividido em quatro quadrantes: quadrante 
  anterior direito e esquerdo, quadrante posterior direito e esquerdo. Foram padronizados 
  dois pontos na bissetriz de cada quadrante, para serem averiguadas as espessuras; 
  o primeiro próximo ao centro tendíneo e o segundo, no ponto médio 
  entre o centro tendíneo e a extremidade distal. Foi realizada uma incisão 
  nesses pontos e utilizamos o paquímetro digital para a obtenção 
  das medidas e ser feita a análise estatística devida.
  RESULTADOS: Após a obtenção das medidas, 
  foi realizada a média das mesmas, com os seguintes resultados: quadrante 
  anterior direito: ponto no centro tendíneo (PCT)=0,21mm e ponto médio 
  (PM)=0,11mm; quadrante anterior esquerdo: PCT=0,11mm e PM=0,11mm; quadrante 
  posterior direito: PCT= 0,11mm e PM=0,10 mm; quadrante posterior esquerdo: PCT=0,10mm 
  e PM= 0,10mm. O desvio padrão total foi de 0,007.
  CONCLUSÃO: Diante dos resultados, podemos concluir que não houve 
  variabilidade na espessura dos diafragmas, não existindo, portanto, uma 
  diferença significativa que nos levasse à conclusão de 
  a cúpula direita seja mais espessa que a esquerda. Tal resultado pode 
  sugerir que o fígado exerça algum efeito protetor sobre a cúpula 
  direita.