
EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMA EM UMA POPULAÇÃO ASSISTIDA POR PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA
Daniel Hirochi Sukeda; Rafael Mezzalira Ruano; Bruna Medeiros Moraes; Renan Vinicius Pinheiro; Antonio Carlos de Souza
INTRODUÇÃO: 
  O trauma é um grave problema de saúde pública, 
  afeta todas as faixas etárias. É a segunda causa de morte na faixa 
  etária até os 45 anos e a terceira causa na população 
  em geral. No Brasil, estima-se que para cada pessoa que morre por trauma, outras 
  3 ficam com seqüela incapacitante permanente, engrandecendo o custo social.
  OBJETIVO: Relatar a prevalência do trauma em uma população 
  assistida pelo Programa Saúde da Família, bem como sua freqüência, 
  gravidade e presença ou não de seqüelas incapacitantes permanentes. 
  
  MATERIAL E MÉTODOS: Foram avaliados por amostragem domiciliar 
  uma população com idade superior a 40 anos, assistidos pelo Programa 
  Saúde da Família da cidade de Divisa Nova – MG, através 
  de instrumento de entrevista específico que avaliava os antecedentes 
  de trauma e suas conseqüências.
  RESULTADO: A população assistida pelo Programa 
  Saúde da Família é de 5.926 pacientes, sendo que 1.809 
  apresentam idade superior a 40 anos. Foram avaliados 134 pacientes, correspondendo 
  a 2,26% desta população; destes, 47 homens e 87 mulheres. A prevalência 
  do trauma nesta população é de 34,3% (46 casos); destes, 
  58,7% correspondem ao sexo feminino e 41,3% ao masculino; sendo 8,9% (12 casos) 
  eram portadores de seqüelas incapacitantes decorrentes do trauma, correspondendo, 
  na maioria dos casos, com déficit motor. 
  CONCLUSÃO: Na população estudada os antecedentes 
  de trauma e o número de seqüelas é alto. Considerando estes 
  dados, medidas de prevenção deverão ser contempladas nas 
  ações de saúdes exercidas pelo Programa Saúde da 
  Família.